O que devemos levar de 2020?

 


   Eu poderia começar esse texto falando sobre clichês ou aprendizados. Mas eu sei que, por mais que vários desses clichês sejam reais, nem sempre queremos ouvir que "tudo vai ficar bem", porque sabemos que em algum momento no decorrer dos dias, as coisas tendem a melhorar. A questão é que nem sempre estamos dispostos a esperar esse momento chegar.


    O que eu quero dizer é que não temos controle sobre algumas coisas e, vez em quando, por mais que isso doa, não temos o que fazer. A incerteza machuca, mas mais do que machucar, a incerteza dá medo, dá muito medo. E medo é uma coisa que poucos gostam de sentir.


Existem medos que nos dão angústia, existem medos que nos dão aquele friozinho na barriga. E tudo que eu mais queria é que o medo que estamos sentindo agora fosse capaz de nos fazer sorrir. Mas ele não é capaz disso, porque estamos com um turbilhão de sentimentos incertos e isso é algo que, mais uma vez, não temos controle.


Esse ano nos trouxe medo, angústia, notícias ruins para a maioria e, também, notícias boas para a minoria. O que eu quero dizer é que: não, não temos controle sobre isso, mas temos controle em várias coisas que podem mudar a nossa visão e a visão de outros ao nosso redor.


2020 não nos ensinou apenas coisas ruins. Ele pôde nos ensinar sobre bondade, sobre amor, sobre como as palavras podem destruir pessoas ou corações, mas ensinou também como as palavras certas podem fazer um coração partido se reconstruir. E não é fácil. Eu sei que não é fácil pensar nas coisas boas em momentos de tempestade, mas são os momentos ensolarados que precisam valer a pena.


Do que adianta dias ensolarados se fizermos deles uma tempestade dentro da gente?

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Calmaria de Outono.